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Nosso Pé de Laranja Lima

De repente estamos todos de pé refletores nos rostos, aplausos ao redor, palavras de bom gosto, criticas construtivas, suor.
Termina-se o espetáculo e fica as consequências de um projeto de 3 ou 4 meses, um projeto áspero, um projeto duro pela sua simplicidade.
Fica a certeza de que perdemos a pureza e a inocência das coisas, fica a duvida do que ganhamos em troca, mas as coisas seguem assim, por um percurso louco e indefinido, “Estamos sempre antes” dizia um texto do D. Chico Chicote de “Hoje é dia de Maria – O Pesadelo”, diria que “estamos sempre durante” e seguimos assim sem saber o começo e o fim das coisas. Esse processo que foi no mínimo interessante, me causou várias reações, talvez eu tenha despertado de um sono acomodado, talvez eu tenha começado a ver as coisas de outra forma, talvez eu esteja me questionando mais e forçando minha saída dessa zona de conforto que me cerca, fico pensando no filme “Na Natureza Selvagem” até onde ele foi pra sair dessa zona. Ao mesmo passo me pergunto, sabendo a resposta, o que eu faria pra sair dessa zona de conforto? Diferente do filme que é uma busca externa, geográfica a minha luta, minha busca é interna e etéria. Essa fuga premeditada do que me é conhecido, quero o desconhecido, necessito do mar agitado batendo no peito, nunca fui um porto seguro, nunca quis um porto seguro, talvez tenha ficado aqui tempo de mais, a verdade é que me sinto cada vez mais cigano dentro de mim mesmo.
Seguimos assim então, andando todos de mãos dadas ou separadas ao final, com a certeza de que se batermos os calcanhares voltaremos aos nossos lares, mas fica a dúvida, a onde é o seu lar?

5 Comments

  1. LINDO, adorei!

    uma coisa pra dizer…

    “Lar é onde o coração está”

    🙂

  2. ah!
    e ontem à tarde vi “into the wild”… such a coincidence.
    e sempre faz muito sentido.
    …sair da zona de conforto.

    ó!
    to com um gravador LUX de dvds aqui
    grava até as legendas!!!!!!!!!!!!!!

    cola aí, mano!

    bjo.

  3. Beleza, Leco. Já faz um tempão que eu li, mas lembro que fiquei tão emocionado que entrou para a rara galeria dos livros que me fizeram ter vontade de chorar, de verdade.

  4. Karakaaaaa! Deve ter sido muito loka a peça e eu perdi… Véio, fiquei muito chateado com isso. No dia em que vc me disse que ia apresentar eu não me toquei que era o último dia… Falei com a minha namorada que eu não podia perder a tua peça e que na próxima apresentação a gente ia…
    Mas não teve mais, né! Espero que tenha sido um sucesso! Pelo que pude observar de vc, da maneira como trabalha com aqueles jovens, tenho certeza que foi bárbaro!
    Quanto à necessidade de abandonar a zona de conforto, acho que todos sentimos isso, não?!! Pra mim isso está intimamente ligado à vontade que temos de crescer, de ser algo mais!
    Abraço!!!

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