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De olhos bem abertos

‘De olhos bem abertos’ é a tradução literal do filme Pecado da Carne (Eyes Wide Open), dirigido pelo cineasta israelense Haim Tabakman.
O filme é repleto de costumes e tradições judaicas ortodoxas. Com um tom calmo e monocromático o cineasta mostra mais do que a relação proibida entre pessoas do mesmo sexo, ele mostra a proibição das relações em nome da religião. Claro que entre Aaron e Ezri existe o agravante da homossexualidade, mas ambos os casais da trama são obrigados a abrir mão de seu amor em nome da sociedade em que vivem.
Pensei muito sobre o por que da versão brasileira ter escolhido esse título ao invés da tradução literal. Li algumas críticas sobre o filme, que acabam por ilustrar a resposta das minhas perguntas. O título ‘Pecado da Carne’ se consolida a partir do momento que vemos o filme apenas pela ótica sexual vivida pelos protagonistas, a vida num ambiente hostil e de radicalismo religioso.
Mas um fato em todo o filme me chamou a atenção, um acontecimento fora do eixo principal da trama, o romance entre Sarah e Israel. Assim como Aaron e Ezri, ambos são proibidos de viver seu romance.
E por pensar que esse filme mostra mais do que o pecado da carne cometido, eu acredito que o melhor título fosse a sua tradução literal. Afinal manter os olhos bem abertos acaba por ser uma grande lição.

Mas e você? O que você optaria? Viver sua vontade individual? Ou viver a vontade do coletivo?… Ezri fez a sua escolha… Aaron fez a dele… Sarah não teve nenhuma escolha.

3 Comments

  1. Vontade individual com certeza! Vo assistir o filme

  2. Puts! quero ver esse filme. Agora, é engraçado que a gente tenha sempre que escolher entre extremos como esse: vontade individual ou coletiva? essas oposições talvez não sejam tão verdadeiras quanto acreditamos, porque, ora, a vontade individual não pode se identificar com a coletiva, tem sempre de se opor? Da mesma maneira, vemos isso qdo assunto é a verdade: religiosa, científica ou jurídica. É sempre uma excluindo a outra. Não sei não. Mudando de assunto: o livro lá do chasin que v. comentou é um achado; tô adorando ler.

  3. Anônimo Anônimo

    E se "fazer a vontade do coletivo" for, na verdade, a sua própria vontade????

    A sina dos Heróis é sempre essa: primeiro o coletivo, depois o individual.
    Talvez seja por isso mesmo que eles andem sumidos.

    Ass.
    Visitante 28

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