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O contador de nuvens

Foto por Leco Vilela

Ele andava distraído como quem conta as nuvens do céu, caminhava pelas ruas desertas de uma cidade cheia de vidas. O sol lhe batia leve no rosto transformando seus olhos em faróis castanhos a ilustrar seus passos. Um sorriso leve lhe dominava a face.


Andava com as mãos nuas a balançar como um pêndulo para fora dos bolsos. O movimento hipnotizava o olhar do outro. Este caído pela beleza dos faróis castanhos, se viu obrigado a seguir os passos daquele que o encantaram. Passos rápidos e respiração ofegante. O admirador hipnotizado alcançou o contador de nuvens através do toque, um leve toque nas mãos.

Recebeu o toque sem susto, olhou através do olhar de seu admirador e sorriu. Sorriu como se já conhecesse o toque que se fazia presente. Entrelaçaram os dedos e caminharam juntos pela cidade vazia.

One Comment

  1. Ele não andava com as mãos nos bolsos, e tudo foi possível. 😉

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