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Dora

Ela usava uma saia cumprida a lhe contornar os quadris. Seus cabelos caindo em fitas entrelaçavam-se nos meus dedos largos, eu respirava seu cheiro de orvalho e salgava a boca a cada beijo.
Uma luz ascendente contornava sua pele lisa com uma pelagem rala e o contorno de sua boca vermelha marcada a giz de cera e papel de menino.
Corria, sorria e suava. Vi-te passar ainda menina na rua e hoje mulher te ponho nua. Doce feitiço, tênue olhos de ametistas. Fala-me segredos leitosos no canto da boca. Respiro e me calo.

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