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Reticências

Então é assim! Passa-se mais de 2 anos e o Nome da Coisa continua. Querendo ou não isso é um avanço, principalmente considerando meu humor instável.
É meio impressindivel dizer que nesses 2 anos eu procurei ao máximo me distanciar dos texto que escrevia, de maneira bizarra e bem clara, os que eu mais consegui me afastar foram os menos polêmicos, de menor repercussão.
Hoje chego na conclusão forçada de que quando eu escrevo com minha alma eu tenho uma resposta muito melhor do público e de mim. Assim como muitos sou craque em detestar as coisas que faço, achar que poderiam ser bem melhores. Ultimamente minhas fotografias tem me mostrado mais do que eu queria, não por eu ter me dado de mais nas fotos, pelo contrario, pela ausência de espírito nelas, querendo ou não isso é um reflexo do que sou ou de como estou, não gosto de escrever textos pessoais no Nome da Coisa, por que o vejo como uma coluna de idéias soltas, mas relendo alguns artigos percebo que querendo ou não sempre falei de mim mesmo, até quando me mantive distante. Lembro do texto de abertura desse espaço, falava do poder das palavras, da informação, usando como referencia o caso do bebê diabo que causou várias reações na população paulista, no final eu disse que se um caso assim atingiu números surpreendentes de leitores, o mais certo seria você se expressar de alguma forma, de qualquer forma e foi assim que isso aqui surgiu e é assim que isso aqui continua. Desabafos a parte, essa vem sendo a função desse blog, mostrar minhas opiniões e algumas informações que acho pertinentes a serem discutidas, seja sexualidade, seja comportamento, religião, atualidades, besteiras a parte, isso é a grande coisa da qual todos fazemos parte.
Fiquei muito surpreso ao ver os históricos do Nome da Coisa, percebendo o mais de dois anos de existência que passou desapercebido por mim e garanto, por muita gente. E mesmo surpreendido dessa forma fico contente, mesmo que com outros questionamentos, fico feliz de saber que minha cabeça ainda não parou, ainda não sucumbiu a uma vida diária de rotinas inúteis, que ainda posso amar o meu amor sem regras e viver minha vida louca e fanática, mesmo diante de tantas outras coisas que vem surgindo no horizonte.
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2.0

Vivemos num periodo onde a música está estagnada, não temos grandes movimentos, nem grandes inovações.
Talvez seja o Tropicalismo o ultimo movimento realmente provocativo da música brasileira.
Claro que dentro do cenário underground nós temos grandes shows, com performances, e uma presença de palco incrível, mas dentro do cenário comercial fica muito a desejar, as inovações o ato de se arriscar fica por conta das bandas internacionais, parece que vivemos num período de ressaca da música onde tudo fica linear nada de grandes explosões de adrenalina, ou fica no banquinho e violão ou fica na formação clássica de palco, as maiores inovações que tomas é no funk e no electro funk, mas como disse são partes de um gueto, não da mídia comercial, depois de Cazuza e Cássia Eller, não vejo mais nada provocativo, que te faça pular, gritar loucamente, que faça você sair com a sensação de dinheiro bem gasto. Queremos renovações, queremos woodstock, grandes festivais, queremos um carinha de cueca, bêbado e drogado, mas pelo menos fazendo algo, se movimentando, fazendo barulho, vida sabe… Clamamos por renovação, das gritarias dos mutantes, da presença dos Secos e Molhados, da ousadia de Gal Costa, da loucura da Elis Regina, da força do Sepultura.
No fim é isso, quero só saber que vivi numa época de renovação, que valeu a pena ser jovem no aqui agora, ver as coisas mudarem, não uma coisa certinha padronizada, quero mais, quero mesmo é uma calça rasgada.

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Art[e]ficios

Teatro, dança, pintura, áudio-visual, cinema, esculturas, contação-de-histórias, quem faz isso faz arte.
Vivemos num pais onde a arte e a cultura nunca foram levadas a sério, dedos primeiros europeus que cá pisaram a cultura que aqui existia começou a ser desimada, depois disso a arte foi se arrastando, muitas vezes com grandes atos, até o século XXI.
A vida para um artista no Brasil, não é fácil, por que ou você é aclamado por uma mídia ou sua expressão não te sustenta, muitos artistas migram para fora do país a procura de uma oportunidade, onde seu trabalho seja levado a sério assim como o trabalho de um médico, onde as pessoas não te chamem de “mais um sonhador”, mas e o que sobre quando todos vão embora? Se todos os artistas vão para fora do país, o que sobra dentro dele? É uma coisa muito importante a se pensar, já que é uma realidade em que boa parte da população vive, a classe teatral é sustentada pela própria classe a mais de décadas, os grandes espetáculos de dança só alcançam uma certa “nata” da sociedade, a pintura virou trabalho para aposentada, o áudio-visual virou supermercado em multimídia, o cinema só o que é comercial é visto, as esculturas viraram decoração, contar histórias, nem mais para os filhos dormirem, me atrevo a dizer que esse mundo em que vivemos, seria realmente um mundo de faz de contas, onde perdemos todo e qualquer senso do que realmente é importante e não me refiro só a arte, falo, mostro que existe mais, talvez seja esse o significado de “A muito mais entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”. E então o que você faz, quem é você nesse jogo de xadrez, só mais um peão? Ou será uma rainha?…Cheque…

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Contrafilé*

Rolos, sprays, colagens, caos urbano, protestos pela imagem, intervenção urbana, coisas que acontecem nas paredes de uma cidade caótica, mas não vemos.
Expressar a sua opinião por imagens em paredes públicas por muitos é considerado crime contra o patrimônio, mas qual será o o patrimônio real? O graffiti ou o grafiteiro?
Dizem que temos liberdade de expressão, mas se é assim por que não podemos nos expressar na rua? Numa coisa que é supostamente pública, mas quando acontece na prática é interditada. Até ai isso não é mistério para ninguém, mas mesmo assim são poucos os que procuram fazer alguma coisa, fazer a diferença, temos casos onde os grafiteiros passam para o outro lado da parede, saem da rua e entram nas galerias e começam a ganhar dinheiro, porque assim é o sistema, ele nos repele, não conseguindo tenta nos absorver e muitos são absorvidos, assim como tentaram com Banski na Inglaterra, conhecido por fazer intervenções em grandes museus, e com muitos outros artistas. Intervenção urbana vai alem de graffitis, pichações e colagens, existem várias formas de se intervir e ocupar um espaço que é seu, seja com teatro de rua, seja contando histórias numa praça, ou dançando em praça pública, todos esses espaços são nossos e devemos ocupa-los, transformar nossas vidas e a de mais quem for possível, é muito fácil colar sticks na R. Augusta, reduto alternativo da cidade de São Paulo e pronto se achar “contra-alguma coisa”, mas pensando em níveis de intervenção, o quanto isso aplicaria? quantas pessoas prestariam atenção num lugar onde há mais sticks do que pessoas? Você não precisa ser identificado pelo seu desenho pra mostrar sua opinião, faça isso perto da sua casa, na praça da sua região, invente alguma coisa, piche ou grafite a sua parede, conte a sua história, mas faça, não fica a mercê de uma segunda alienação onde todos pensam ser [des]alienados.
A questão é pura e simples, você pode fazer a diferença e não estamos falando de clichêzinhos de televisão, estamos falando de uma realidade que nós chama a todo instante e mesmo assim ignoramos, dizem que nos adaptamos muito fácil a coisas, principalmente as ruins, o homem criou a roda e ao invés de evoluir o seu invento para que as irregularidades da pista não o atrapalha-se, preferiu regular a pista. Então tá na hora, você não acha?

* Titulo em homenagens ao trabalho das meninas e menino do coletivo contrafilé.

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Você prefere de 4 ou de lado?

“Yes, yes, Fuck me, FUCK ME!”, essa talvez seja a frase mais popular da pornografia.
Mas se a pornografia é algo marginalizado, tanto pela maioria quanto pela minoria, por que essa frase é tão conhecida?
Verdade seja dita o Brasil é um pais com falso pudor, sempre foi, enquanto em suas músicas esbanjava sensualidade, libertinagem e liberdade sexual o reflexo sexual é totalmente oposto; as pessoas acreditam que a pornografia denigre a imagem do ser humano pelo simples fato de que não aceitam seu sexo, ainda tratam-o como algo animal. As principais criticas vem das mulheres, perceba que diferente da mulher o homem estimula seu cérebro por uma questão visual, enquanto a mulher é estimulada pelo tato, por isso a maioria das mulheres não sente prazer em filmes pornos, e não entendem como os homens gostam tanto e põem a culpa na “sacanagem” que acreditam existir em toda mente masculina, mas é óbvio abominamos tudo que não entendemos. Com isso caímos em outro dogma, masturbação, a arte de conhecer seu corpo, desde que a casa virou o campo de concentração onde o homem manda e a mulher obedece, a mulher foi oprimida, tanto culturalmente quanto sexualmente, tendo sua sexualidade limitada e muitas vezes psicologicamente castrada, isso colabora para o imposição de um moralismo fraco e machista. Voltando ao cenário porno, temos grandes artistas como Bruce Laburce que usa o porno como uma forma de (contra) cultura, para tornar visível problemas sócio-culturais da nossa sociedade e do cenário “underground”.
Querendo ou não a pornografia é uma forma de mídia, marginalizada por motivos sem fundamentos, que não a moral e os bons costumes.

* Referência a titula de música da banda, Nerds Attack!

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