Que estranho é admitir a insignificância da nossa vida,
A existência mas marcante manter-se viva por menos de um século.
Lutamos para ser lembrados, pois a memória essa sim durável
Te permite esticar suas verdades para alguns milênios,
mas ainda assim sua existência finita já encontrou seu fim.
Carregamos tanto peso ao pensar em nossas vidas.
Traumas que tiram nosso fôlego.
Crises existências que tiram nosso sono.
Pra no final sermos apenas.
Animais autocentrados, irmãos brigados.
Ilusão achar que seus problemas tem o tamanho de uma explosão solar
Mentira achar que seus problemas tem o tamanho de um átomo
A gente é bicho estranho que atribui um tamanho aleatório
para todo obstáculo que aparece em nosso caminho,
Quando na verdade é isso,
Somos nós mesmos que dizemos
qual é o peso que vamos colocar nas costas
A vida não tem remédio
Por que não está doente
Ela não é torta
Por que nunca foi reta
Essa são as características desse breve espaço de tempo que estamos compartilhando
Não existe ninguém capaz de andar pela linha do seu destino
Linhas se cruzam para
ensinar pontos contados de renda
Não é tesoura cega que seiva uma vida por insegurança boba
Caminha leva meu filho, pois
suas costas só doem porque você diz qual peso carregar
seus pés só doem porque você decide qual caminho tomar
sua vista só turva porque você decide pra onde olhar
Caminha leve meu filho, pois a vida é isso mesmo,
Um junta tudo ao mesmo tempo agora
Sem sentido e sem pressa de ir embora
Você só decide o próximo passo,
Fica esperto na terceira lei de Newton
e decide o próximo.