Seus cabelos já grisalhos sacudiam no vento, enquanto desferia golpes de facão nos galhos da grande árvore.
Seu corpo de muito se assemelhava ao da grande árvore. Seu rosto marcado pelo tempo e os vincos largos que corriam o tronco. Os pés ásperos e cheio de fisuras e a raiz que docilmente invade a terra. As duas largas e fortes aparentavam agüentar o peso do mundo. Seus corpos cheios de espinhos para afasta os inimigos, mas com a seiva doce para nutrir seus filhos.
O ato da poda, pela senhora, beirava o genocídio. Tamanha era sua semelhança com a grande árvore.
E mesmo assim, repetidamente ela atingia os galhos com seu facão. Constantemente. Pouco a pouco os galhos caiam assim como o suor do seu rosto. As folhas dominavam o chão da velha senhora.
A poda, o corte, o suor, a senhora. Tudo, exatamente tudo, parte do mesmo esquema, do mesmo esboço de um menino.
Fiquei imaginando um desenho… feito com poucos traços, onde as duas se fundiriam numa única expressão… Talvez uma mistura, ou realmente uma nova velha criatura.
Muito belo.
Beijos,
realmente muito gracioso. bravo pelas imagens!
Legal ..
=D
As duas senhoras
árvores copadas,
sombra
seiva
e vida!
Bonito texto!