por Leco Vilela |
Dentro da minhoca de metal você vê a vida passar e nem se percebe ao mexer, nessa rotina aturdida de todos os dias, nem ouve o som do tilintar dos trilhos.
Sentado diante da janela dos olhos da minhoca, você vê a paisagem se distorcer num ZOOM. As imagens se formam e se dilatam enquanto os olhos piscam. A velocidade nunca cessa.
E nesse ritmo a cada manhã a minhoca come para depois regurgitar cada um de nós, aqueles que não deixam a cidade parar.
Sentado diante da janela dos olhos da minhoca, você vê a paisagem se distorcer num ZOOM. As imagens se formam e se dilatam enquanto os olhos piscam. A velocidade nunca cessa.
E nesse ritmo a cada manhã a minhoca come para depois regurgitar cada um de nós, aqueles que não deixam a cidade parar.
E lá dentro, dia e noite, a vida mexendo num balanço frenético por horas e horas que se perdem ou se descobrem.
Ei, você trabalha no Macu da Adolfo?
O ápice da cidade grande: tanta gente reunida, tão próximas e tão distantes.
Leco, gostei bastante. A descritividade deste texto é deveras impressionante. Parabéns, poeta.
Abraços do @poemasavulsos.