Era uma tarde, quase noite, chuvosa. Cervejas, conversas, música de pé de orelha e muitos sorrisos. Era um bom sábado de se passar assim, solto, leve, deixando as preocupações voarem entre as risadas em direção a rua onde o vento dissolveria aquele peito apertado.
Sentado na janela um leve toque no braço indicava um sinal de proximidade recém construída. Eram assuntos paralelos, mas o toque se fixava, como que a mão entrelaçada com força, que soa a palma e endurece os dedos. Ninguém queria abrir mão daquela sensação. Daquele carinho inconsciente mas que deixava a consciência altiva e querendo mais.
Beijos, carícias, respiros no cangote, aquele gemido calado pra não escapar pela porta do quarto. Tu-do re-su-mi-do em um sim-ples to-que.