Particularmente eu sou daqueles que acredita em outras vidas. No renascer das almas em novos tempos… E sim, eu sei o quão irracional isso parece, mas pensar assim me âncora e reduz a pulsação violenta do meu peito já pesado pela vida.
Admito também que, ao mesmo tempo, eu sinto que a vida é uma só e tão logo penso, percebo o quão contraditório isso é, mas minha intuição consegue ver sentido em coisas que fogem da razão, como não acreditar nela?
Dessa confusão etérea é que eu tiro a ideia de viver como se fosse uma única vez, mas esperando no fundo a possibilidade de voltar em uma nova era, uma outra chance de viver de novo.
Essa lógica, mesmo sem sentido concreto, me leva pra mesma conclusão quando penso sobre outros cantos da minha vida. Como o amor que é construído tal qual a sobriedade, ama-se sabendo que você só tem o hoje, mas acreditando na sua improvável longevidade.