Por Leco Vilela |
Hoje passei em frente a casa do meu primeiro namorado, primeiro mesmo, daqueles que se anda de mãos dadas no parque.
O sol forte a iluminar meu rosto, me faz voltar uns quatro ou cinco anos. Lembrei-me de nosso primeiro encontro, ele havia cozinhado para mim, ainda sinto o gosto dos legumes banhados no azeite com alecrim.
O cheio forte e característico, tomava conta de praticamente toda casa, o incenso que queimava na sala misturava as fragancias com harmonia.
Depois do vinho e do jantar me pos deitado em sua cama, tirou minhas roupas deixando em meu corpo somente a cueca que se salientava. Me abraçou, me beijou e sorriu, dormimos assim com o peito colado a sentir as batidas sonoras de um coração.
E assim como veio, se foi. Uma nuvem havia coberto o sol, me trazendo de volta dos meus devaneios. Percebi o quanto eu evitava mimos e carinhos desse meu herói Guarani. Não é que eu não gostasse ou me irritasse com seu toque, era algo que no intimo só percebo agora. O avesso ao carinho do toque era falta de hábito, fruto de uma infancia fria e desabitada da mão que corre a face em gesto lento.
ouvi dizer que as pessoas de ar não sabem direito receber afeto… por outro lado, sao as que ajudam as outras a voar alto!
<3
o primeiro amor: para mim, lembrança de um primeiro fracasso. Sonhei conservar meu primeiro amor, mas nunca tinha aprendido primeiro a amara. Lindo o texto!