Sempre detestei as traduções de títulos para o português. Sempre pensei neles como nomes próprios que não devem ser alterados, mas no caso desse filme a tradução faz todo o sentido.
O primeiro filme de Tom Ford chegou às telas já como um prêmio no Festival de Veneza e uma fortíssima indicação ao Oscar 2010 de melhor ator. A estética, o corte, a moda, claro que tudo isso faz parte da visão desse diretor. Com um figurino impecável e uma estética geometricamente estudada o filme mostra detalhes sutis e simples da vida do personagem.
A tela escura logo no inicio, música instrumental, um ótimo jeito pra se começar. E o filme roda, monocromático, pausado. Com o tempo e com a percepção de George, personagem central da trama, o mundo ganha cores fortes. Confesso que para um sinesteta como eu, é extremamente agradável ver manifestações claras dessas nuances se manifestando. É o cachorro que cheira a torrada com manteiga, a secretária que lembra um perfume. E de repente no meio do Banco aparece uma Alice, não que ela tenha esse nome, mas meninas loiras com roupas azuis são marcantes demais para mim.
A arma na mão, a toalha no chão, o destino incerto, um banho de mar, novos olhos. Tom Ford consegue carregar o espectador com delicadeza e fala sobre perdas, novos começos e estagnação. Concerteza um filme a ser assistido, ou melhor, a ser dedicado.
Deu curiosidade.
🙂
É, tb fiquei curioso.
Agora, voltando ao caso do meu hippie lá, essas coisas do cotidiano parecem ter muito mais arte que muitas obras de arte por aí. Ora, a arte é que deve, no fim das contas, imitar a vida, e nesse momento está fazendo isso tão mal feito que deixou de ser arte. De filmes recentes, não sei você, mas os melhores que tenho visto são documentários – e isso tem lá seu lado negativo.
Mas vou ver se vejo esse.
Huahuahuah …
Muito legal mesmo seu comentario
Devo confessar, que ainda, não tive a oportunidade de assiti-lo. mas farei-o assim que possivel. Grato pela indicação.
=D