Nem mesmo os frondosos arranha-céus serviram para que o macaco bípede alcançasse o céu e seus sonhos. Vejo sonhos transformados em hobbies, vejo dinheiro descendo pelo ralo e ainda tento entender a dança de king kong’s pelos prédios de São Paulo.
Bailarinos executivos e pintores contadores compõem a estranha fauna que aflora na cidade do asfalto. Chega a beirar o surrealismo as imagens que se produzem na sombra dos Homos Operarius. Formigas de terno e gravata enfeitam suas paredes com falsos Picassos e eternas rachaduras insolúveis. Basta-me ver o camaleão que se força a encaixar suas cores a palheta monocromática da sociedade “civilizada”.
Lampadas não iluminam mais, agora servem de sabres de luzes que matam inocentes. Estupro, morte, latrocínio, furto, homicídio; relatos sangrios direto D’antena que invadem os olhos cortados da infância.
Corações batem desesperados numa dança de acasalamento bizarra conduzida unicamente pelo prazer individual excluindo o respeito sagrado do corpo. Leões morrem sozinhos.
Caos e ovos mexidos. E as luzes do planalto da selva cinza ainda brilham a sangrar meus olhos.
Nossa, que perspectiva profunda!
Adorei a abordagem desse texto.
Parabéns!
Abraço!
Valeu Leco!!!
"Caos e ovos mexidos" Muito bom!!!
PS: coloquei anônimo porque não estava conseguindo comentar como Visitante 28!!!
Mas eu não sou um anônimo!!!!
Ótimo texto Leco. Isso que é jornalismo literário! Espero conseguir alcançar meus objetivos para deixar de ser mais uma "Homos Operarius" e criar meu blog com meus textos. Tenho um turbilhão de idéias que vivem sufocadas pela loucura dessa rotina de formiga.
ps: meu comentário entrou pelo blog que fiz para o meu grupo de capoeira, mas é a Juci rs. Bjs
A vida é um eterno aprendizado. Tenho apreendido muito com sua determinação, perseverança e sensibilidade as adversidades a qual tem enfrentado nos ultimos tempos só está mpliando sua sensibilidade. Por mais difícil que possa ser acredite sempre.