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Categoria: Cinema

20 centímetros

Como ser uma travesti com narcolepsia, um pênis de 20 cm e uma garota de programa que quer mudar de sexo?

Só aproveitando os momentos de sono devido a narcolepsia para sonhar que é uma grande estrela de musicais. Pois é exatamente com essa arma e com esses dilemas que o enredo do filme “20 centímetros” de Ramon Salazar prende o espectador.

E como a vida nunca é um pirulito de caramelo, Marieta, a personagem principal da trama, se apaixona por Adolfo, que trabalha no mercado da cidade de Madrid. A surpresa vem quando o affair é correspondido, Marieta tenta esconder seu sexo, mas é justamente por seu instrumento de 20 cm que o nosso galã se apaixona. E assim a mesa está posta, a dúvida sobre mudar de sexo ou não, o melhor amigo anão preso e a vizinha que está fugindo para o Brasil, tudo isso entre suas injeções de hormônios.

Um filme leve e engraçado que expõe a vida de uma parte da população pouco explorada. Com uma fotografia simples variando entre os momentos de realidade e sonho o filme conquista também pelo seu enredo e trilha sonora. Destaque para a versão de “I Want To Break Free” no final do filme.

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Suicídio Poético

É assim que o filme “Os Famoso e os Duendes da Morte” chega até mim. Um tema delicado sendo tratado de uma forma leve e poética. Cria-se assim a ponte de ferro, sua profundidade se acentua a cada passagem do filme.

Com uma fotografia inspirada fortemente pelo cinema internacional. Conta com uma trilha sonora natural, onde as cigarras predominam e a contraponto as diversas músicas de Bob Dylan que ‘ilustram’ o longa metragem.

Baseado no Livro “Música para Quando as Luzes de Apagam” de Ismael Caneppele e dirigido por Esmir Filho, diretor do famoso “Tapa na Pantera”. É sem dúvida uma boa indicação pra quem gosta de música, fotografia, poesia e silêncio.
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Cenicitas

Com uma carta de Frederico Garcia Lorca para Salvador Dali o filme se inicia. Apesar de se passar na época de ascenção do surrealismo e o estouro da Guerra Civil Espanhola, o filme adota uma fotografia impressionista, primando pelo jogo de luz no arquétipo, seja esse o corpo dos atores, seja esse o cenário milimétricamente calculado.

Abordando a suposta relação amorosa entre Lorca e Dali, o filme trás um retrato de um movimento que eclodiu por toda Europa. A presença do cineasta Luis Buñuel, parece credibilizar a narração do filme, que toma por personagens seres reais que serviram como ícones de uma revolução não só política como sociocultural.

Com uma trilha sonora marcante e forte, como só poderia se esperar de um filme que remonta as entranhas da Espanha. O Filme é rodado em sua grande parte em Barcelona e é um projeto co-produzido entre o Reino Unido e Espanha.

Impressões


Após entrar em contato com esse filme, que até então é encarado de forma ficcional, me pego a pensar nas obras de Lorca por mim conhecidas. Um texto que sempre me alcançou de forma monocromática, ganha novas nuances. Ao pensar em Dali como fonte de inspiração do poeta e dramaturgo.

Talvez então, a força de seus textos, estejam justamente na cultura que Lorca tanto preservava, talvez essa força, que até então me fugia aos olhos, esteja em sua língua natal, em seu doce vinho espanhol.

“uma vida sem limites” – como menciona Dali no filme.

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De olhos bem abertos

‘De olhos bem abertos’ é a tradução literal do filme Pecado da Carne (Eyes Wide Open), dirigido pelo cineasta israelense Haim Tabakman.
O filme é repleto de costumes e tradições judaicas ortodoxas. Com um tom calmo e monocromático o cineasta mostra mais do que a relação proibida entre pessoas do mesmo sexo, ele mostra a proibição das relações em nome da religião. Claro que entre Aaron e Ezri existe o agravante da homossexualidade, mas ambos os casais da trama são obrigados a abrir mão de seu amor em nome da sociedade em que vivem.
Pensei muito sobre o por que da versão brasileira ter escolhido esse título ao invés da tradução literal. Li algumas críticas sobre o filme, que acabam por ilustrar a resposta das minhas perguntas. O título ‘Pecado da Carne’ se consolida a partir do momento que vemos o filme apenas pela ótica sexual vivida pelos protagonistas, a vida num ambiente hostil e de radicalismo religioso.
Mas um fato em todo o filme me chamou a atenção, um acontecimento fora do eixo principal da trama, o romance entre Sarah e Israel. Assim como Aaron e Ezri, ambos são proibidos de viver seu romance.
E por pensar que esse filme mostra mais do que o pecado da carne cometido, eu acredito que o melhor título fosse a sua tradução literal. Afinal manter os olhos bem abertos acaba por ser uma grande lição.

Mas e você? O que você optaria? Viver sua vontade individual? Ou viver a vontade do coletivo?… Ezri fez a sua escolha… Aaron fez a dele… Sarah não teve nenhuma escolha.

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As melhores coisas do mundo

É gente e falando de cinema brasileiro vamos a algo que sem dúvida nenhuma deu certo.

O Filme de Lais Bodanzky “As melhores coisas do mundo” trata com sutileza, clareza e honestidade a vida desses adolescentes paulistanos que não param de correr e recebem informações como torpedos de alguma armada gringa.

Uma família com seus dois filhos, os pais se separam e então vem a bomba. “Acho super normal o pai dos outros serem viados, mas meu pai ser boiola é foda!” frase de Mano, personagem principal da trama. A história gira em torno da vida pessoal e escolar de Mano, 15 anos. Fala sobre a invasão de privacidade adiquirida pela internet. Descobertas Sexuais. Verdades e Mentiras.

Sem dúvida um filme muito agradavel pra se assistir. Então não perca tempo e saia da cadeiro do seu computador direto pra cadeiro do Cinesesc lá na Augusta!
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