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Categoria: Leco Vilela

Ego

E tudo começa com uma cantada, uma música consagrada do Cazuza, depois vem o filme do Cazuza na TV, uma amiga pirou na dele, uma música dele como ideia pra trilha da nova peça, “todo amor que houver nessa vida”. Um post no fotolog falando sobre amor livre, da origem e no que se transformou. Diálogos sobre o vazio, Peter Brook e a sua teoria da potencialidade do vazio como forma, estopim da criação, “entre quatro paredes” de Sartre, minha obsessão particular, ainda dirijo essa peça. Dicotomia entre macho e fêmea. Barba feita. Placebo tocando loucamente. Caminhadas pra emagrecer, chocolate, manual técnico para alteração do pensamento lógico. RESPIRAÇÃO. Do you see the bitter end?. Pizza, cerveja e segredos, montanha russa, domingo no parque, careta, lanche feito em casa, contas pra pagar, dias sem trabalhar…

É, definitivamente o vazio aqui dentro não é tão vazio assim…
*Foto por Vaka.
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Fragmento de Arte

Minha arte não é de ninguem
Nem minha mesmo é
Segue solta no vento forte
Segue inerte correndo aos pés…
*Foto do Espetáculo – Encontros: Nexos Diversos.
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Delirium

Ali sentada na poltrona estava ela, com suas longas pernas, lisa era a pele dela, seda pura diziam. Lábios torneados e cortantes, destilavam injurias e devaneios. Ali estava ela sentada na poltrona, seus cabelo se enrolavam numa montanha russa de cachos, seus seios apontavam pra frente e seu ombro suava, mas a essa altura tudo já tinha acabado, o suor já tinha cessado e o copo estava caído no chão.

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Crises

Crises, financeiras, emocionais, psicoterápicas, existenciais, com o cabelo, de moda, dos 30, dos 40, dos 60, estéricas, de rinite, bronquite, ite, ite, ite… Crises de identidade, de energia, arquitetonicas, de temperatura, asmáticas, de criatividade, dramática, dramatúrgicas, de memória, de um relacionamento… Crises infinitas que se múltiplicam no vacoo e são transmitidas a todos nós…

… Escrever por si só já é um ato de crise, não que ler não seja é claro.

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Nosso Pé de Laranja Lima

De repente estamos todos de pé refletores nos rostos, aplausos ao redor, palavras de bom gosto, criticas construtivas, suor.
Termina-se o espetáculo e fica as consequências de um projeto de 3 ou 4 meses, um projeto áspero, um projeto duro pela sua simplicidade.
Fica a certeza de que perdemos a pureza e a inocência das coisas, fica a duvida do que ganhamos em troca, mas as coisas seguem assim, por um percurso louco e indefinido, “Estamos sempre antes” dizia um texto do D. Chico Chicote de “Hoje é dia de Maria – O Pesadelo”, diria que “estamos sempre durante” e seguimos assim sem saber o começo e o fim das coisas. Esse processo que foi no mínimo interessante, me causou várias reações, talvez eu tenha despertado de um sono acomodado, talvez eu tenha começado a ver as coisas de outra forma, talvez eu esteja me questionando mais e forçando minha saída dessa zona de conforto que me cerca, fico pensando no filme “Na Natureza Selvagem” até onde ele foi pra sair dessa zona. Ao mesmo passo me pergunto, sabendo a resposta, o que eu faria pra sair dessa zona de conforto? Diferente do filme que é uma busca externa, geográfica a minha luta, minha busca é interna e etéria. Essa fuga premeditada do que me é conhecido, quero o desconhecido, necessito do mar agitado batendo no peito, nunca fui um porto seguro, nunca quis um porto seguro, talvez tenha ficado aqui tempo de mais, a verdade é que me sinto cada vez mais cigano dentro de mim mesmo.
Seguimos assim então, andando todos de mãos dadas ou separadas ao final, com a certeza de que se batermos os calcanhares voltaremos aos nossos lares, mas fica a dúvida, a onde é o seu lar?
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