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Categoria: São Paulo

Bonne nuit

Passamos anos sem sair na noite paulista; e então saímos e assim descobrimos que mesmo tendo passados anos em menos de dois finais de semana você percebe e confirma o indiscutível, a inércia sempre vence.
Confesso que comecei cedo nessa vida e atualmente as pessoas começam cada vez mais cedo, mas numa cidade tão grande e diversificada como São Paulo vemos cópias de cópias e nada mais é original ou nem ao menos vintage. Concordo com o Alisson Gothz quando ele diz que as pessoas tem que se montar mais pra ir pra noite, tem que ir pra se divertir não pra se pegar, não é uma visão moralista não, muito pelo contrário é só uma maneira diferente de se divertir e de tentar sair da mesmice em que se encontra a noite paulista.
Não posso parar de pensar no começo da cena Clubber, em Party Monster, em Barrados no Baile, talvez seja um pouco de nostalgia da minha parte, talvez daqui a 10 anos eu fale que essa época foi ótima e tudo mais, mas é inegável que o tédio permeia as casas noturnas, é visível nos rostos das pessoas, mesmo quando estão drogadas é perceptível o tédio que emergi desses clubes.
Como consumidores devemos pedir coisas no mínimo criativas e ai entra o Projeto Luxúria que com seu Dresscode tem consegui no mínimo um público participativo.
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Subway

… É! São Paulo sempre surpreende, sempre tem das suas, o transporte público então, com suas desgraças, onde o vagão do mêtro parece uma lata de sardinha que se abre a cada estação… muitas vezes melhora o meu dia.

“Hoje é sexta-feira dia 30 de Outubro de 2009, são exatamente 7h42 e nesse horário já fiz muitas coisas, o mêtro está parado o que me dá mais tempos para essa resenha.
Bom, hoje acordei cedo pois as 6h44 chegava à São Paulo um pedaço do Rio de Janeiro, no caminho para a rodoviária, prensado entre corpos na lotação que me leva até a estação tucuruvi do mêtro, começa a tocar uma música do Jack Johson e o senhor atrás de mim começa a rebolar ao ritmo da música, com sua bunda ligeiramente grande – irresistível não se deixar rir da situação, “coisas de cidade grande” , vai saber?.
Depois de encontrar meu pedaço do Rio, sigo para a faculdade. No mêtro em pé diante de mim, um casal de [d]eficientes mentais se beijam, brincam de cocegas, sentam no colo um do outro, sem o mínimo de puder de serem felizes, sem querer me pego a sorrir descaradamente e achando graça me senti parte dessa grande metrópole que por mais cinza, cimentada e com um mêtro com sérios problemas, pois parou novamente, bate e circula quente como um coração.
São Paulo pode sim ser a terra da garoa, do trem das onze, mas é muito mais que isso, que cimento, é mais carne, é vida, é amor em meio de tanta correria.”

Atenciosamente,
Leco Vilela
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