Nome da Coisa Posts
Uma carta para “O” macho
Vejo homens perdidos entre suas próprias espadas, lançando tiros de espingarda, cuspindo no chão. Ser macho é isso então? Um punhado de feições rudes e ásperas desilusões.
Ser homem é isso então? Pois então, sou homem de contramão. Não preciso ranger meus dentes para me mostrar valente.
Tirar seu sangue a murros, me expor em alguns muros, suar e estar sujo. Ser pai é isso então? Fugir da mãe pra puta e depois voltar correndo sem ter coragem de dizer qual mulher que quer na mão. Ser ômi é isso então?
Arrancar os dentes de algum demente, partir a foice corações como quem estripa uma mulher. Seu pau serve pra isso então?
Aos homens brasileiros, machitas, violentos, desrespeitosos e normativos. As mulheres brasileiras que se permitem o soco sem requerer justiça e espalha o orgulho de um filho macho pelo mundo. Aos pais que sangram as doenças entre as coxas de tantas outras. As mães que mostram as suas filhas as sete formas de se ter um homem que não lhe respeita, mas te alimenta.
Ao povo que assiste a este massacre calado, que não se levanta contra as ondas sangrentas do machismo tupiniquim. A população que permanece calada e assiste sentada as mortes frias da televisão.
Não preciso de pinto, não preciso ser homem, não preciso estar macho… Me conjugo em outro verbo caso seja necessário.
3 CommentsDora
Carta para lua cheia
Baia de Guanabara – Leco Vilela |
Macarronada
Alguns sábados caracterizados de domingo se escondem nos marasmos de fevereiro. Aqueles corações se suportam entre olhares e sonatas, suspiros e pastas. Abrem-se sorrisos amarelados enquanto o vinho, a cerveja e o café correm pelos lábios ácidos entorno da mesa.