Hoje pra quem não sabe foi a abertura oficial das Olimpíadas de 2008, sediadas na China.
Dentro da cerimonia de abertura algo me chamou a atenção, em determinado momento eu vi uma baleia azul sendo projetado, nadando e essa imagem me provocou algo. Imaginar que um animal pesado, o maior animal do mundo, se locomover com tamanha delicadeza, com traços finos e movimentos precisos e dono de uma leve incrível, me leva a um questionamento pessoal.
Até onde a gravidade em si e a massa corporal de uma pessoa juntos pode limitar os movimentos dessa pessoas, até onde podemos desafiar as leis tão precisas da física e como é interessante imaginar que mesmo um corpo pesado, pode ser leve, que nem a essa lei estamos presos. É muito fácil imaginar pessoas magras como leves e pessoas obesas como pesadas, mas quando você vê a imponência do maior animal do mundo se locomovendo como uma borboleta no céu é algo lindo se pensar.
Sabemos que a dança e a expressão corporal são caminhos para conseguir essa leveza, mas até onde podemos ir, quais os caminhos que podemos encontrar pra experimentar essa leveza, o que podemos aprender com esse intercâmbio constante com o Oriente sobre fluidez, sobre respiração, sobre harmonia e união. Sexta-feira passada eu estava em mais um encontro de dança e expressão corporal, e no final do encontro fizemos uma roda, o que é de costume, e conversamos sobre os exercícios feitos, uma garota no auge de sua forma falou que se aproximou de mim durante os exercícios porque não estava conseguindo a leveza que ela queria e que viu em mim exatamente isso, eu no auge da minha corpulência, hoje sem dúvida nenhuma senti orgulho, vendo a imagem do maior animal do mundo, de quando as crianças maldosas na 1° série me chamavam de baleia, hoje eu sei que posso ser e sou leve ao mesmo tempo constante, inconstante e pesado, sou por que me permito e isso, só enriquece minha pesquisa.
Esse post teve a finalidade de compartilhar com vocês algo que eu senti hoje, algo que me fez perceber novas coisas, afinal estamos em tempo em que compartilhar é a palavra chave, então mergulhemos nisso e vamos multiplicar os nossos conhecimentos e sensações, é apenas convite, cabe a você aceitar ou não.
*Foto minha batida na peça “Peer Gynt” com direção de René Piazentin.