No peito aquele vazio complacente que se segue inerte, não transborda e nem seca. Apenas palavras vagas e um sentimento tosco de normalidade. Minhas mãos cravam a terra e a sujeira embaixo das unhas não mais me incomoda. É como se o mundo tivesse virado algo mais simples, mas não por isso mais fácil.
Sinto a dor que tenho que sentir e não mais a aquela angústia sufocante que afoga. Estou removendo aquela voz incessante que me impede de chorar – “seja homem” – estou sendo, e minhas lágrimas seguem ao meu lado. Tenho aprendido a ser frágil.
Tive que ser guerreiro por muito tempo e não herói. Aquele que suja a mão de sangue, não por glória ou honra, mas porque precisa, pois esse foi seu caminho. As estradas mudam.
Existe um mito antigo sobre as faces do Deus, aquele que caça, aquele que cultiva e aquele que guia.
Acho que chegou a hora de baixar o escudo e deixar morrer para renascer, florir o que tiver que vir.
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