Gosto do som que vibra das cordas do violão, do sol que bate no rosto, do suco de uva que cai pelo queixo. Gosto do samba que estava tocando, da vitrola que estava rodando.
Do cheiro de grama molhada e das costas suadas. De nós dois brincando na poça d’água, da guerra de lama naquela tarde aguada. Da rede abraçados enquanto ventava. Da sua voz a cantar aquela música inventada.
E quando a noite chegava e o fogão estalava, o cigarro verde queimava. Frida Kahlo, Gael Garcia, Marisa Monte e eu fugindo das aranhas que brincavam em teias em cima da cama.
E porque era não pode ser?
Ou porque era já não é?
E se era, sempre será?