A noite de sabádo,26, prometia, no lounge a espera do show de 10 anos do quinteto Mombojó, tudo parecia tranquilo, sem grandes multidões. Os garotos pernabucanos preparam 2 repertórios distintos para as duas apresentações comemorativas.
O show começou com 10 minutos de atraso, mas a tranquilidade do lounge se fora, mais da metade da platéia estava ocupada. O público conversava despereocupado parecendo não se incomodar com o leve atraso, mas a ansiedade era visivel, ao primeiro som do microfone todos se calaram.
A banda abriu o show com a agitada “Amigo do Tempo”, que leva o nome do novo álbum dos rapazes. Não demorou muito para que a galera que assistia ao show ocupasse as laterias do palco, o que não podiamos esperar é que logo na terceira faixa “Duas Cores” toda a extensão do palco fosse ocupada pelos fãs do grupo, mas é claro que não parou por ai, afinal o acesso a platéia foi ocupado por pessoas em pé embaladas ao som de Mombojó.
Destaque para a participação mais do que especial de Vitor Araújo, um pianista maravilhoso que encantou a todos com sua força, seu domínio e seu estilo tenso de tocar. Vitor acompanhou a música “Báu” junto com todo o grupo, o pianista foi aplaúdido e aclamado por toda platéia.
A iluminação do show integrava os espectadores colocando-os como parte do espetáculo. Enquanto o jeito desengonçado de dançar de Felipe, arrancava gritos de alguns pessoas pela sala. O vocalista se deixou levar pela música “Faaca”, que levantou toda a platéia, dando até uma cambalhota em meio aos seus passos que me lembraram por um instante de Ian Curtis, vocalista do Joy Division.
E assim como começou, terminou, Felipe, Marcelo, Chiquinho, Samuel e Vicente, sairam pelo lado direito do palco, com suas cervejas nas mãos e com o sour que descia de seus corpos. Foi um ótimo show.
* Texto publicado no site Dynamite Online