Existem noites em que quero escrever pra ti, mas não consigo, não é que não te ame ou não te deseje. Reverso disso. Te quero tanto que algo me impede de te entender.
Um escritor perde noites escrevendo para entender o mundo e a si mesmo, é como um cego que para ver requer o tato. Escrever é um processo antropofágico.
Talvez por isso seja tão difícil preencher as linhas quando ao decorrer da noite você rouba meu edredom e sorri ainda dormindo. Pronto fui fisgado, virei menino.
Esse meu jeito torto de querer bem. Talvez seja meu ‘Vênus em Peixes’ que freneticamente canta que o amor é um robô gigante! Ou talvez sejam os doces nomes pelo que você me chama.
A verdade é que existem momentos que eu prefiro guardar na mente ao invés do caderno. Momentos só meus.