Ele gostava de deitar com as pernas pra fora da cama e apoiá-las na janela, sentir o vento nos pés. Quando fechava os olhos este ato lhe dava a sensação de voo e assim ele sua cabeça recheada de problemas encontrava o silêncio.
Os pelos da sua perna arrepiavam conforme a brisa chegava, e quando abria os olhos via a copa das árvores balançando com ele. Gostava de se sentir assim, integrado com algo maior.
O Sol percorreu seu caminho e aquele homem se mantinha parado na mesma posição, abrindo e fechando os olhos em longas pausas. Era tudo o que ele poderia querer encontrar paz dentro dos seus delírios.
Ele ouvia vozes que não eram dele, tantas vozes que tornava impossível ouvir a própria respiração, mas neste ritual ele se encontrava. Era como se os sons voassem com o vento.
Para longe. Bem longe.
Uall.
Excelente. Perfeito.
Fico feliz que tenha gostado Bruno!
Obrigado por ler meus textos, espero que volte com mais frequência.
Abraços.