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Autor: Leco Vilela

Crises

Crises, financeiras, emocionais, psicoterápicas, existenciais, com o cabelo, de moda, dos 30, dos 40, dos 60, estéricas, de rinite, bronquite, ite, ite, ite… Crises de identidade, de energia, arquitetonicas, de temperatura, asmáticas, de criatividade, dramática, dramatúrgicas, de memória, de um relacionamento… Crises infinitas que se múltiplicam no vacoo e são transmitidas a todos nós…

… Escrever por si só já é um ato de crise, não que ler não seja é claro.

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nem por falta, nem por exesso

As vezes me pego a pensar em trivialidades da vida, algo que envolve uma foca e fogos de artifício. Eu sempre fui mutante, mutável, o fato é que independente disse eu vejo as coisas mudarem em passos lentos. Tento ser sincero, mas hoje não sei mais se é isso que quero, hoje busco a pausa no meio de tanto barulho, talvez seja uma maneira de ficar em paz, de respirar afinal.

* Foto por Leco Vilela

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Sábado, dia 06 de Dezembro de 2008

Sábado, dia 06 de Dezembro de 2008.

Jumbo Elektro tocando, a tarde se acabando, barba feita e cabelo molhado. A pele ainda arde pela lâmina do barbeador.

Milhares de composições passam em questão de segundos. Amanhã tem “Encontro: Nexos Diversos” na Galeria Olido, as cenas de abraços do René que foi contado pela Carol provavelmente estarão no palco. É engraçado improvisar em cima de um palco com tanto história, ensaiar lá já foi uma loucura, falo da Sala Olido, aquela sala de um espaço público que tem um Maestro como dono sabe? Pois é, a muito os espaços públicos se tornaram privados, querendo ou não nós dançamos isso também. É engraçado também imaginar que nós não temos idéia de como esse espetáculo está pra platéia, mas sabemos como está pra nós, as lutas, os desafios ao longo de um período de um eterna oficina que já dura a 7 anos, da qual faço parte a apenas 6 meses, aberta pra qualquer um que queira dançar… Eu fui recebido assim, de braços abertos e se antes não era dançarino hoje sou, não sob uma visão técnica, mas sim de me sentir assim. Hoje danço com todas as forças…

Agora a linha alaranjada do horizonte já denuncia a noite que vem, o Jumbo Elektro continua tocando e ainda estamos no dia 06 de Dezembro.

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Textículos de Leco

Sabe aqueles dias de faxina imensa entre gavetas, pó e muita, muita tralha? Fico mais “feliz” ainda quando penso que metade do meu dia foi dedicado a apenas 3 gavetas sendo que uma delas é minúscula, mas é claro que tinha um mundo de tralhas nessas gavetas o que rendeu aqueles sacos gigantes, ao melhor estilo Brás lotadinho! Sim sim me senti um porco… Entre diversas coisas (só pra não perder o costume de brincar com o nome da página.) encontro textos antigos, dessas palavras ancestrais de minha vida tem três coisas que eu gostaria de repartir:

“Brigadeiro

Orgasmo repentino
Tesão alucinogéno
Boca molhada
Salivante Harmonia
Doçura eloquente
Respiração ofegante
E a eterna sensação
Do chocolate derretendo
Em sua boca.”

“Modificado
Inexplorado
Inconsciente
Indecente
Imaculado
Mas eternamente
Modificado”

“Abra todas as portas de sua casa. Agora encontre a saída da sala!”

Não faço idéia de quantos anos eu tinha quando escrevi isso, mas sei que ainda faz sentido e é bom saber o quanto mudamos, ainda sorrio quando alguém diz que estou diferente…

*Foto da Peça “Homens de Papel” – Direção de Gilesi Ramos

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Sopro

Encontro é derivado de uma quebra das leis da física tradicional, encontra-se algo não só por tocar, ver ou ouvir, muitas vezes não sentimos, enxergamos e escutamos o que encontramos. Voar é possível, sair da presença perpétua do seu corpo e por um instante a soma de dois corpos quebram a lei da física e ocupam o mesmo lugar no espaço. Saber que posso quebrar todas as leis sistemáticas que me foram impostas ao longo da vida realmente me faz feliz, me mostra que anos de mestrado, de experiências não justificaram nem explicaram como uma formiga carrega 10 vezes o peso do seu corpo, assim como anos de estudos foram pro lixo, quando dançando, transando, andando, deixamos de ser apenas 1 e em questão de segundos somos a soma de 1. Descobertas, de um estudo profundo do corpo, de uma dança onde o chão não é sólido e onde os ângulos e os não-ângulos se fundem numa simetria inusitada, formas e disformas, nada se anula, talvez no fim a anti-matéria não anule a matéria, talvez ela só some. É sempre bom lembrar que o ser-humano só enxerga em determinadas vibrações de luz, logo quantas coisas vibram num padrão que não vemos? Ou soam numa frequência inaldivel?… Gosto de sentir o vento batendo no rosto, é tão bom sentir que a brisa não para no rosto, simplesmente atravessa e segue seu sopro.

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