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Autor: Leco Vilela

Abaixo as roupas intimas!

Decada de 70, cutornos, moicanos, anarquia, o mundo estava em uma revolução jovem, iniciada nos becos da Inglaterra, é com essas influências que surge em meados da decada de 80 o Homocore ou Queercore, como é conhecido hoje em dia.

Queercore – Grupo de bandas punk formadas por homosexuais com letras específicas a sua orientação sexual, cada uma com um estilo diferenciado mas trazendo a tona o que muitos queriam esconder.

Com o foco nos EUA e no Canadá com as influências do pós-punk, esse movimento foi conquistando adimiradores e “inimigos” ao decorrer do tempo. Trazendo letras de protesto, que falam da sua vida, do seu cotidiano e do seu sexo, tais como “Homosapien” do grupo Pansy Division recheadas de humor, ou até mesmo “Fake Fags Fuck OFF” do Limp Wrist, criticando o que eles chamam de “gays capas de revista”. Sempre berando o underground, o queercore vem ganhando um espaço novo e se tornando mais popular, mostrando que independente do seu genero você está aqui pra viver. O Brasil, mas precisamente em São Paulo recebe nesse mês de marços o primeiro Festival de queercore, com shows de diversas bandas, festa contanto com o badalado ‘Bonde do Urso Manco’, exposição gráfica, videos de Bruce Labruce, Monologos, Peças e debates, enfim um festival pra ninguem botar defeito.

O Queerfest rola no dia 10 e 11/03 no Espaço Impróprio e no Germinal, maiores informações:

www.queerfest.tk

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Underground até de mais!

Nas favelas do Rio de Janeiro, uma revolução começava, dela surgia o Funk, odiado por muitos, que ao meu ver colocaram o preconceito a frente, antes de analisar a fundo o que seria logo mais uma revolução na música mundial.
Batidas marcantes e ritmadas, exploram os limites do corpo, do pecado, letras que pra muitos não passam de fatalidades culturais, retratam a vida e o cotidiano de um povo com uma cultura mais marcante e mais enraizada do que os que se dizem aculturados.
Mas não se preocupem Deise Tigrona e Tati Quebra-Barraco, titia Chiquinha Gonzaga passou pelo mesmo preconceito que vocês passam agora, a quem possa querer me matar depois do que escrevi, mas mais uma vez não param pra pensar, na época de Chiquinha o Maxixe era o que o Funk representa hoje para a cultura moderna, alem de marcante, provocante e revolucionário, era algo que ia contra todas as vertentes sociais conhecidas até então, e agora o Maxixe é aclamado pelos músicos, os mesmos que apedrejam o Funk sem pensar. Uma das músicas de Funks mais criticadas atualmente é a “Porra da Buceta é Minha” (interpretada pela Gaiola das Popozudas), uma letra segundo a muitos críticos “De tremendo mau gosto e que expõem a mulher ao ridículo”, mas vamos mostrar o outro lado dessa moeda; analisando a letra percebi que se trata da letra mais feminista que a MPB poderia ter nesses tempos onde o feminismo está tão freqüente em nossas vidas, ela é uma crítica aos homens que vão aos bailes já querendo “trepar” com qualquer mulher, achando que elas só estão ali pra isso e não para dançar ou curtir o baile. “E aí seu otário/ Só porque não conseguiu fuder comigo/ Agora tu quer ficar me defamando né?/ Então se liga no papo/ No papo que eu mando (…)Vê se para de gracinha/ Eu dô pra quem quiser/ Que a porra da buceta é minha”. Usando de linguagem chamada de vulgar, mas que qualquer pai de família fala ao transito, mostrando a força de uma mulher que vive numa sociedade mais machista e perigosa, essa música deixa bem claro a força que a mulher põem em sua vida.
Sejamo realistas e vamos admitir, não é preciso gostar de funk pra reconhecer a força que ele tem e que está conseguindo, afinal, bandas como Tetine, Deise Tigrona, Bonde do Role, e etc, estão fazendo um senhor sucesso mundo a fora, então deixemos o preconceito de lado e vamos começar a analisar melhor as coisas antes de se levantar contra algo que você nem se deu ao trabalho de entender, estudar ou até mesmo experimentar.

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Google

O que procuramos? Quem procuramos?

A busca da pessoa ideal é algo que pode obcecar, a busca interminável pelo Garanhão Hollywoodiano, ainda existe por mais que as pessoas insistam em esconder, isso é um fato. Todos procuram a perfeição! Foi pensando nisso que procurei uma definição de perfeito no nosso caro amigo “pai dos burros”:

“Perfeito – adj 1 Em que não há defeitos; que só tem qualidades boas. 2 Que não deixa margem de dúvida; completo.”

Dentro dessa definição foi que pôs a minha massa cefálica pra trabalhar, perfeito tecnicamente é alguém ou algo que não tem defeito, logo algo não humano já que “errar é humano”, elaboremos então uma definição mais humana e menos fantasiosa de perfeito, seria o ser humano que alem de ter defeito os assume e sabe que os tem, pessoas que são verdadeiras consigo e com os outros, e por ai vai. Mas mesmo assim é difícil de se encontrar uma pessoa assim, pois a maioria se encontra num estágio de autobusca tendo como ponto B a perfeição em seu sentido literal.
Então concluímos que as pessoas se sentem cada vez mais sós, pois procuram por uma pureza impossível, estão tão ocupados nessa busca que não param pra olhar pra frente e ver que ali há pessoas que tem potencial suficiente para ganhar seu coração e sua cama, não que esse que vos escreve seja o inverso de muitos, sou exatamente igual, só que tento mudar, e isso…Já é mais do que muitos podem fazer.
Sendo assim vocês não acham que está na hora de levantar a bunda da frente do pc, de sair dos sites de encontros e ir curtir a vida? Ah! Faz-me um favor, desliga o PC e vai sair com os amigos!

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Extra, Extra, Extra!

Foi procurando mais sobre lendas urbanas paulistas no google, que encontrei noticias sobre o extinto Notícias Populares – que foi criado para fins anticomunistas e acabou se tornando a fonte de diversas histórias no mínimo bizarras.
O jornal inaugurado por Herbert Levy, em 1963, nasceu com proposta política, enfrentar o jornal Última Hora, historicamente ligado com Getúlio Vargas, ficou conhecido pelos cidadãos paulistas como um jornal “sangrento” e exemplo fixo da imprensa marrom. Teve sua ultima edição em Janeiro de 2001.
Em 1968, ao descobrir que o diretor da Rede Record, não conseguia se comunicar com Roberto Carlos, que estava em NY publicou a seguinte notícia “Desapareceu Roberto Carlos”, após a confusão de milhares de faz e a indignação do diretor da Rede Record, no dia seguinte ao invés de se retratar, simplesmente publica “Reaparece Roberto Carlos”. Dentro de muitas histórias, talvez a mais famosa seja a do “Bebe Diabo”, que teria nascido, com chifres e rabo, em São Paulo, essa história rendeu uma ótima circulação do NP por pelo menos 27 dias, além disso, o jornal também era conhecido pela sua cobertura de Carnaval, onde trazia fotos picantes e legendas esculachadas dos bailes da época, como por exemplo: “San Chupança”, “Dona Celu Lite”, “Olívia Nílton João”, “alisando o pandeiro”, “de lanterna na mão”, “limpando língua com Bombril”, o que rendia um lucro imenso para o jornal. Foi também um dos primeiros a ter uma coluna voltada para o público GLS a “Espaço Gay”, claro que os machos não poderiam ser esquecidos, com a ilustre “Coluna do Machão”, foi também um dos primeiros a trazer em suas folhas uma coluna de educação sexual chamada “Tudo sobre sexo”. Em 1994 o Notícias Populares mandou para cobertura do GP Brasil de Fórmula 1, o senhor das trevas, Zé do caixão,o que deu a maior confusão, e como o NP não podia ficar calado publicou “Até o Schumacher, que costuma ser muito fresco, adorou o nosso convidado especial.”. Já no fim de sua vida o NP destacou duas promoção, uma sobre loteria “Compre um presentão para a mulher da sua vida. Mas não esqueça a lembrancinha de sua esposa” e outra de um concurso que dava como prêmio um carrinho de cachorro-quente “O NP arranja a perua e você entra com a salsicha”.
Jornal popular, impressa marrom, sensacionalismo, entre outros adjetivos usados pra intitular o Notícias Populares, só tenho uma certeza, era no mínimo uma fonte de diversão, e uma prova da força que os meios de comunicação tem sobre a população, já que muitas pessoas alegaram ter visto o Bebe Diabo vagando próximo a suas residências, então não tenha medo, crie um blog e sai por ai escrevendo barbaridades, afinal se temos o poder por que não usa-lo?*Texto baseado no livro Nada mais que a verdade – a extraordinária história do jornal Notícias Populares, de Celso de Campos Jr., Denis Moreira, Giancarlo Lepiani – carrenho editorial.

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