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Categoria: felicidade

Noite

Noite, luz de neon entrando pela janela. Lá fora os saxofones gritam como gatos no cio anunciando o coito. Ela tinha um cabelo curto e negro, uma lua minguante tatuada no pescoço e seu corpo nu tingido pelo rosa e azul do neon lá de fora. Sua vagina, lisa, pulsava a cada acorde que entrava pela janela, ela estava úmida.

Ele tinha barba rala e cabelo bagunçado, olhos verdes que pareciam acender como um farol durante as noites quentes de verão. Alguns pelos saltavam de seu peito e o caminho da felicidade findava em sua pica de 22 cm já dura.

Beijaram-se, lamberam-se, sugaram-se. Seus corpos se entrelaçavam e se moviam em uma dança forte e promíscua, passos aos moldes do diabo e com deus olhando entre os dedos. No enrolar e desenrolar dos corpos, a garota mostrava a eficácia de um fio-terra. O garoto urrava enquanto ela sugava seu pau com o dedo em seu rabo, ele involuntariamente rebolava.

A garota tingida de rosa e azul abriu a gaveta pega uma sinta caralho e vestiu. Ele não esperava por isso, mas o tesão naquela momento era tanto ou talvez fosse o vinho que tomaram e que começava a fazer efeito, pois sua única reação foi erguer as pernas em frango assado enquanto dizia um baixo, porém articulado, vem.

Ela lambuzou o cu dele de lubrificante, enquanto enfiava o dedo devagar na intenção de abrir caminho para sua pica de plástico. Pegou-lhe as pernas e meteu enquanto ele a olhava encantado e segurava o grito de dor na garganta. As estocadas começaram devagar e aos poucos já encontravam um ritmo forte e intenso, ele urrava sentindo algo que nunca pensou existir, seu pau estava duro latejava, as veias se erguiam e sua pele inteira arrepiada gorjeava.

À noite, o saxofone, o neon, a pica, o pau, o ritmo, os pelos, o cabelo curto, a lua tatuada, a barba, o deus, o diabo, os seios, os olhos, a cama, o mundo naquele momento gozava e urrava grave.

Beijaram-se úmidos e gozados recuperavam o fôlego enquanto os corpos já pediam mais.


*Texto produzido para a Revista Rosa.
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Boceta

Sob o silêncio minha cabeça se afunda entre suas coxas enquanto minha saliva hidrata cada pétala da sua boceta. Você arqueia as costas e geme baixo mordendo os lábios. Com certeza seus olhos fechados, brilham.

Estamos jogados na cama desarrumada e minha língua sobe até seus seios fazendo círculos concêntricos envolta do seu mamilo arrebitado. Peito que cabe inteiro na boca. Dedo-te enquanto subo para seu pescoço que pulsa a cada respiração.  O ar entra fácil, assim como meus dedos.

Eu aqui puxando seu cabelo pra trás. Enquanto você me olha com esses olhos entreabertos, eu estou tocando bossa nova entre seus pentelhos. Toco meu lábio na sua orelha e sussurro, vadia, você sorri entre gemidos.

Lambo meu dedo úmido, cuspo no meu pau e te como entre nossas roupas amassadas, papeis espalhados e ideias rascunhadas.

Gosto de ouvir o seu suspiro, de ver o seu sorriso e de sentir você vibrar quando eu estou dentro de você.

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