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Categoria: Sem categoria

Veja!

O Nome da Coisa nasceu, para ser um zine virtual coletivo, acabou se tornando um espaço, em termos pessoal, afinal divido minhas opiniões com os leitores. A principal função da Coisa era falar livremente sobre diversos assuntos e confesso que na maioria das vezes acabo escrevendo o que me da na telha, sem pretensões de assuntos diversificados.
Pois é as vezes me sinto aquela mulher do “Sex in the City”, falando sobre amores, sexo, vida, absorventes, enfim toda uma vida na metrópole, que para muitos se torna fantasia. Quem é capaz de acreditar que nesse mundo cinzento, bate inúmeros corações sedentos de esperança de algo mágico, algo que desafia suas lógicas e mostre que ainda se pode sonhar.
Nos últimos tempos, conheci muitas coisas que só ouvia da boca das pessoas, vi pessoas que se intitulam “libertárias” e são mais presas na vida do que qualquer alienado, conheci pessoas que caminham sem rumo, que apanham a torto e a direito e não desistem até que algo esbarra nelas, algo que elas nunca conheceram, algo que não entendem, ai qualquer carinho é demais pra suportar; experimentei comidas novas sem adição animal, sensações físicas diferentes, me vi cheio de preguiça, percebi que sou meu pior vilão, vi pessoas e vi coisas que se diziam humanos, mas nunca vão saber o que é isso, mas não posso dizer que lamento, alias não lamento mesmo. Ah…sim! Percebi o quão inútil são alguns movimentos ou formas de intervenção, não por serem intervenções, mas de como eles são aplicados num plano maior… Vi o movimento estudantil mostrando sua força depois de anos de silêncio, soube de tal heróis/vilões que se modificam de acordo com a fonte da história, senti o cheiro de bolo queimando no forno porque estava transando no quarto, senti raiva da minha mãe por não compreender que ela me ama e me aceita, conheci alguns que lutam por muitas coisas, mas não lutam por si, vi sticks lindos que poderiam estar numa galeria. Acho que é assim, alias acredito que é assim, antes de se ter uma opinião para algo se deve experimentar, sentir, conhecer e assim perceber que o mundo é grande demais e cheio de coisas, que não precisam ser julgados nem entendidas, só admiradas ou compartilhadas, creio que me abri.
Nesse último tempo que ti resta, não tente fazer nada alem de você, se conheça, esqueça, conquiste, seja, faça… conjugue o verbo to be. Talvez assim você percebe que nem tudo precisa de um nome, que algumas coisas só são o que são, O Nome da Coisa.

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Irmandade

Seus pais sabem de você e te aceitam. Ótimo, grande passo, mas seu irmão mais novo ainda não sabe, e agora?
Pois é, acreditem isso acontece, pra ser sincero só percebi isso hoje e por mais incrível que pareça graças a um episódio de Queer as folks.
No episódio 15 da primeira temporada da série, o filho do David vem visitar ele e o Michael, o Michael achou que o menino ficava desconfortável pelo fato de seu pai ser gay e estar morando com outro homem, até que uma hora o menino diz: – “Ta meu é gay!… Eu sei disso desde os 9 anos, o que me irrita é ele organizando cada minuto do meu dia, por isso venho pouco pra cá.”, e foi isso que me fez pensar, no que dizer ao meu irmão mais novo, por que um dia eu chegaria com um namorado em casa e como seria a reação dele, como minha mãe iria evitar isso usando meu irmão como desculpas. E hoje assistindo a tevê pela manhã, me deparo com uma duvida depois de uma conversa sobre homens que se vestem de mulher, a duvida foi cruciante, não ser honesto com uma pessoa que eu amo tanto, isso mexeu mesmo comigo, levei meu irmão para o meu quarto e mostrei algumas cenas de queer as folks pra ele, ele ficou assistindo como se assistisse a um desenho qualquer, depois que terminou eu olhei pra ele e falei que tinha mostrado tudo aquilo porque eu era gay, e sabe o que ele fez? Olhou pra mim e falou: – “Ta! Posso pegar yakult?”, meu irmão se chama Erick, tem 9 anos de idade, e tem uma inocência incrível que sinceramente todas as crianças de hoje deveriam ter.
Se estiver numa situação parecida, não é necessário que você conte a não ser que você sinta isso, ninguém te obriga a nada, só tenha certeza que é o melhor pra você e no fim verá que é sempre melhor não se esconder.

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Panorama

Estar aqui é uma tarefa difícil, viver não é nada fácil, cada um que passa por uma rua movimentada tem segredos, esconde algo, nega algo para ser aceito, e não estou falando só de sexualidade.
Quantos negros executivos e bem sucedidos você já viu de trança? Ando pela Paulista e vejo inúmeros negros de cabeça raspada, negras com cabelo alisado, para serem aceitos, mas não estou falando só de negros.
Meu nome é Leonardo Vilela Araujo, sou brasileiro, paulista, tenho 19 anos, sou gay, sou feito de misturas de raças, como já disse sou brasileiro! Vamos numerar os preconceitos que sofro num âmbito mundial:
– Sou jovem demais
– Sou brasileiro
– Sou gay
– Sou latino
– Sou paulista
– Descendente de italianos
– Descendente de portugueses
– Descendentes de africanos
– Descendentes de Índios
– Sou pagão
– Não sou branco, nem negro, nem pardo, nem mulato
– Sou ator

… entre inúmeras outras coisas!

Vivemos num pais misto, mas cheio de preconceitos, coisas expostas, coisas impostas, algumas enrustidas, mas ainda sim PRECONCEITO. Diferente dos meus outros textos, esse não tem uma função informativa, ou de alerta, mas como as outras é uma opinião.

Me pego pensando numa frase de uma peça que estou ensaiando: “Somos todos feitos de sonhos, risonhos, bisonhos, tristonhos, mas ainda sim sonhos, somos só sonhos”

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Abaixo as roupas intimas!

Decada de 70, cutornos, moicanos, anarquia, o mundo estava em uma revolução jovem, iniciada nos becos da Inglaterra, é com essas influências que surge em meados da decada de 80 o Homocore ou Queercore, como é conhecido hoje em dia.

Queercore – Grupo de bandas punk formadas por homosexuais com letras específicas a sua orientação sexual, cada uma com um estilo diferenciado mas trazendo a tona o que muitos queriam esconder.

Com o foco nos EUA e no Canadá com as influências do pós-punk, esse movimento foi conquistando adimiradores e “inimigos” ao decorrer do tempo. Trazendo letras de protesto, que falam da sua vida, do seu cotidiano e do seu sexo, tais como “Homosapien” do grupo Pansy Division recheadas de humor, ou até mesmo “Fake Fags Fuck OFF” do Limp Wrist, criticando o que eles chamam de “gays capas de revista”. Sempre berando o underground, o queercore vem ganhando um espaço novo e se tornando mais popular, mostrando que independente do seu genero você está aqui pra viver. O Brasil, mas precisamente em São Paulo recebe nesse mês de marços o primeiro Festival de queercore, com shows de diversas bandas, festa contanto com o badalado ‘Bonde do Urso Manco’, exposição gráfica, videos de Bruce Labruce, Monologos, Peças e debates, enfim um festival pra ninguem botar defeito.

O Queerfest rola no dia 10 e 11/03 no Espaço Impróprio e no Germinal, maiores informações:

www.queerfest.tk

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Underground até de mais!

Nas favelas do Rio de Janeiro, uma revolução começava, dela surgia o Funk, odiado por muitos, que ao meu ver colocaram o preconceito a frente, antes de analisar a fundo o que seria logo mais uma revolução na música mundial.
Batidas marcantes e ritmadas, exploram os limites do corpo, do pecado, letras que pra muitos não passam de fatalidades culturais, retratam a vida e o cotidiano de um povo com uma cultura mais marcante e mais enraizada do que os que se dizem aculturados.
Mas não se preocupem Deise Tigrona e Tati Quebra-Barraco, titia Chiquinha Gonzaga passou pelo mesmo preconceito que vocês passam agora, a quem possa querer me matar depois do que escrevi, mas mais uma vez não param pra pensar, na época de Chiquinha o Maxixe era o que o Funk representa hoje para a cultura moderna, alem de marcante, provocante e revolucionário, era algo que ia contra todas as vertentes sociais conhecidas até então, e agora o Maxixe é aclamado pelos músicos, os mesmos que apedrejam o Funk sem pensar. Uma das músicas de Funks mais criticadas atualmente é a “Porra da Buceta é Minha” (interpretada pela Gaiola das Popozudas), uma letra segundo a muitos críticos “De tremendo mau gosto e que expõem a mulher ao ridículo”, mas vamos mostrar o outro lado dessa moeda; analisando a letra percebi que se trata da letra mais feminista que a MPB poderia ter nesses tempos onde o feminismo está tão freqüente em nossas vidas, ela é uma crítica aos homens que vão aos bailes já querendo “trepar” com qualquer mulher, achando que elas só estão ali pra isso e não para dançar ou curtir o baile. “E aí seu otário/ Só porque não conseguiu fuder comigo/ Agora tu quer ficar me defamando né?/ Então se liga no papo/ No papo que eu mando (…)Vê se para de gracinha/ Eu dô pra quem quiser/ Que a porra da buceta é minha”. Usando de linguagem chamada de vulgar, mas que qualquer pai de família fala ao transito, mostrando a força de uma mulher que vive numa sociedade mais machista e perigosa, essa música deixa bem claro a força que a mulher põem em sua vida.
Sejamo realistas e vamos admitir, não é preciso gostar de funk pra reconhecer a força que ele tem e que está conseguindo, afinal, bandas como Tetine, Deise Tigrona, Bonde do Role, e etc, estão fazendo um senhor sucesso mundo a fora, então deixemos o preconceito de lado e vamos começar a analisar melhor as coisas antes de se levantar contra algo que você nem se deu ao trabalho de entender, estudar ou até mesmo experimentar.

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