Escrevo, pois a cada linha que se forma me sinto leve, escrevo para falar dos meus demônios, dos meus desejos e dos meus anseios. São histórias que se findam curtas, mas de um processo longo.
Encontrei nas páginas um alívio profundo. Épico. Sinto-me bem ao retratar a chuva que cai suave e faz orquestra lenta na minha janela. A verdade é que em baixo de cada pedra existe uma história, seja minha ou de outros, o ato de repassá-las, as histórias, é recompensador.
Meus músculos escondem segredos que eu mascaro em folha branca.
Gosto do drama mais do que da tragédia, acho que é a minha ‘latinicidade’ latente. E por isso eu escrevo sobre o cotidiano torto que se esconde em cada janela, atrás de cada cortina.
Na esperança de talvez entender um pouco mais sobre o mundo e sobre mim mesmo. Passo horas olhando o nada e ouvindo tudo.