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Notas de um diário

Querido diário,

Hoje eu acordei e me dei conta de que amar é mais complicado do que se parece, mas mesmo assim Sartre faz sentido quando diz que é possível amar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas o que torna isso um ‘amor verdadeiro’ é acordar todos os dias desejando estar com aquele amor, mesmo continuando amando os outros.

Então eu penso que amo, amo tantas coisas que por momentos eu acordo e não sei mais o que eu amo mais, mas sei que com o tempo eu percebi que às vezes você abre a mão de um amor para vivenciar outro. Isso não torna o antigo amor menos amado, ou menos importante. É uma questão de vida, de escolha mesmo, minha escolha.
Sendo assim a minha vida é responsabilidade inteiramente minha. Sou eu que escolho todos os dias pra onde ir, o que fazer, quem ser… O que amar. E é por isso que eu disse que amar é mais complicado do que se parece. Sei lá, você entende o tamanho desse poder?
Eu já abandonei alguns amores. Eu já fiquei completamente perdido, sem saber a qual amor dar atenção e me desesperei, mas eu também já fiquei assim de novo e me senti bem. Dessa segunda vez era como se eu soubesse que estava tudo bem em não saber para onde se vai.
Nesse dia eu parei de forçar as coisas, fechei os olhos, respirei fundo e assumi meu estado de perdido. Hoje eu sei qual amor seguir, um amor que eu conheci na infância, quando eu tinha menos de oito anos de idade. Parece besteira, mas lembrar daquele dia tem me trazido momentos de uma nostalgia boa, e tem me feito lutar, trabalhar, ralar mesmo; para conseguir estar com esse amor novamente.
Não se ama só pessoas, se ama coisas, estados, lugares, comidas, etc.
Ama-se por completo.

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