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Autor: Leco Vilela

Bonne nuit

Passamos anos sem sair na noite paulista; e então saímos e assim descobrimos que mesmo tendo passados anos em menos de dois finais de semana você percebe e confirma o indiscutível, a inércia sempre vence.
Confesso que comecei cedo nessa vida e atualmente as pessoas começam cada vez mais cedo, mas numa cidade tão grande e diversificada como São Paulo vemos cópias de cópias e nada mais é original ou nem ao menos vintage. Concordo com o Alisson Gothz quando ele diz que as pessoas tem que se montar mais pra ir pra noite, tem que ir pra se divertir não pra se pegar, não é uma visão moralista não, muito pelo contrário é só uma maneira diferente de se divertir e de tentar sair da mesmice em que se encontra a noite paulista.
Não posso parar de pensar no começo da cena Clubber, em Party Monster, em Barrados no Baile, talvez seja um pouco de nostalgia da minha parte, talvez daqui a 10 anos eu fale que essa época foi ótima e tudo mais, mas é inegável que o tédio permeia as casas noturnas, é visível nos rostos das pessoas, mesmo quando estão drogadas é perceptível o tédio que emergi desses clubes.
Como consumidores devemos pedir coisas no mínimo criativas e ai entra o Projeto Luxúria que com seu Dresscode tem consegui no mínimo um público participativo.
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Revolução das Roupas Intimas

Não é uma questão de ativismo gay, não é uma questão de dar a cara a tapa, é algo bem mais simples, RESPEITO. Já me chamaram de heterofóbico por eu defender os direitos LGBT’s, por assistir filmes e ler livros que contam a nossa história pelo mundo.
Sou contra gays
machistas que não respeitam a feminilidade dos outros, sou contra gays e heteros que perseguem e são contra travestis ou transex, sou contra o sistema patriarcal onde o homem é opressor e a mulher é oprimida, quero sim revolução e gritos pela rua, quero ver uma parada gay com todos vestindo branco, sem bexigas, sem cor, não por normalização, mas só pra mostrar a todos que somos mais do que a maior parada gay no mundo, EXIGIMOS NOSSOS DIREITOS! Não quero ver pessoas usando suas roupas coloridas e brigando por um só dia e depois voltando pra suas gravatas e passando o resto do ano escondidos, como suas roupas intimas por baixo de tantas roupas.
Não sou ativista, sou cidadão, sou ser humano e luto pelos meus direitos, prefiro ser eu do que ser o que as pessoas esperam que eu seja. Faça um favor a si mesmo, nesse novo ano, ande de mão dada com o seu/sua parceiro(a), você é livre pra isso, então faça!
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As coisas andam rápido nesse mundo não? Podia jurar que ontem era 2008 e acordo hoje com a notícia de que amanhã é 2010? Como faz?
Enfim, esse ano sem dúvida teve enormes reviravoltas, foi um ano pra se aprender sem dúvida e que venha 2010 e junto com ele meu último semestre do Macunaima, meus novos períodos na faculdade, muitas peças, novos trabalhos, enfim a correria de sempre que eu tanto reclamo, mas que me faz feliz no fim das contas.

O Processo de “Toda Nudez Será Castigada”, com direção de Zédu Neves, foi muito bem recepicionado pelo público, tivemos comentários positivos. Particularmente foi um processo que me cativou e foi uma ótima experiência profissional, aprendi muito e espero aprender sempre. Pra quem está curioso clique no link e veja as fotos.

[http://lecovilela.multiply.com]


*Foto por Matheus Melo Chaves

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O Rio de Janeiro continua…

Tem pouco tempo que voltei do Rio de Janeiro e sem esforço me pego a pensar sobre a violência e a força do crime existente naquela cidade.

Eu não fui assaltado nos 3 dias que passei lá, mas foram 3 dias atento e apreensivo. Na minha última noite no Rio, no ónibus à caminho da rodoviário o motorista dirigia rápido e só parava em pontos com mais de uma pessoa, por cautela certeza… Imagino quantas vezes eles não foram assaltados.
Observei muito a vida do carioca e o ritmo da cidade no tempo em que fiquei por lá, sem dúvida acima da violência, o que deixa o crime mais
forte é o mito da violência. Você vai ao Rio de Janeiro sabendo que pode ser assaltado, mesmo antes de chegar lá. Você chega lá e fica sabendo de pessoas que já perderam mais do que objetos caros, tudo isso contribui para um estado de alerta, um estado de sitio, onde o medo domina cada membro da sociedade, até mesmo o pobre. Definitivamente os comunistas presos em presídios comuns durante a ditadura, ensinaram mas do que estratégia de organização, ensinaram a pensar e ensinaram que o terror psicológico é de longe maior do que a violência fisíca.
Hoje o crime domina a cidade maravilhosa, e por mais real que essa situação seja não posso deixar de pensar em Gothancity, cidade defendida pelo cavaleiro mascarado e o quanto ele luta pra limpar a cidade do crime.
O Rio precisa mais do que um Homem Morcego, o Brasil precisa mais do que um super herói, precisa de pessoas ativas, precisa de coragem, precisa de limpeza, precisa de consciência. As mudanças começam por você e ao seu redor.

*Foto por Leco Vilela

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Pesto

Ando com tanta fome nesses últimos dias, uma larica sem fim, no fim das contas. Fome de tudo, fome de mundo. É como se de repente eu tivesse me dado conta de quão grande é o mundo e de quão pequeno sou eu, e nessa imensidão de mundo, não me sinto perdido, mas sinto fome, fome disso, sede disso. Quero comer tudo de garfo e faca, de colher, de mão. Tenho fome isso é fato e eu quero comer o mundo inteiro e dane-se a indigestão do dia seguinte, nada que um engov não resolva, ou eu boto pra fora, visceral talvez, mas real, sem dúvida real, a fome é real, é mais que suposição, que abstração, é real.

Será que alguém pode me ver um pedaço de mundo ao molho pesto? Porque se ninguém puder, não tem problema… Eu mesmo faço, nunca tive medo de mão na massa, não vai ser agora que eu to com fome que vou me fazer rogado, eu quero a poeira, eu quero a estrada, eu quero a vida que eu deixei fugir por todos esses anos, to aqui vivo, de peito aberto e saiba que se tu – vida – não vens, vou eu!

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